Ônibus: Empresa dá calote em trabalhadores e população sofre sem transporte. Empresários poderão ter bens bloqueados, mas sindicato é omisso

Enquanto isso, Prefeitura diz não poder fazer nada, sindicato da categoria se omite e a população sofre sem transporte coletivo. Justiça pode bloquear bens pessoais de donos de empresas para garantir salários.

Publicada em 01 de December de 2015 às 12:48:00

Da reportagem do Tudorondonia

 

O quer estava ruim, piorou. O sistema de transporte coletivo de Porto Velho, que sempre foi uma porcaria, entrou em colapso. Nesta terça-feira, os trabalhadores da empresa Rio Madeira entraram em greve porque não recebem salários há três meses e não tem qualquer perspectiva de receber o décimo terceiro.

Para completar este quadro, os motoristas e cobradores da Três Marias entraram em greve em solidariedade aos colegas da Rio Madeira.

Com os ônibus parados, a população voltou a sofrer nas mãos dos exploradores do chamado transporte alternativo, que estão cobrando R$ 5 pela passagem.

O secretário municipal de Transporte e Trânsito de Porto Velho, Carlos Gutemberg, diz que a Prefeitura não pode fazer nada. A empresa que deu o calote nos trabalhadores afirma que não pode pagar os salários porque não tem mais contrato com o município. E o sindicato da categorias, que já deveria ter entrado na Justiça do Trabalho contra a Rio Madeira, simplesmente vem se omitindo.

Caso insistam  em continuar enganando seus empregados, os donos das empresas de transporte poderão ter bens e propriedades particulares bloqueados pela justiça para garantir os salários e os direitos trabalhista.

segundo informações, os donos destas empresas ganharam milhões nas últimas décadas, não investiram nada em Porto Velho e compraram várias propriedades em outros estados. "Todos eles estão milionários. São proprietários de fazendas de gado e imóveis valorizados, porque todo o dinheiro que ganharam no transporte coletivo em Porto Velho mandaram para seus estados de origem, formando um patrimônio considerável em detrimento das empresas que dirigem e dos trabalhadores", disse um ex-membro do sindicato dos trabalhadores no setor.