Perito criminal da Politec/RO aplica técnica inovadora na extração de dados de celular

A novidade foi utilizada pela primeira vez, quando durante análise de um aparelho celular, recolhido no local do referido crime, o qual havia sido inserido em uma superfície líquida, provavelmente pelos supostos autores do delito, na tentativa de inviabil

Publicada em 16 de September de 2016 às 22:28:00

Técnica inovadora no processo de extração de dados de telefone celular, sem nenhum tipo de funcionamento (conhecido popularmente como “telefone morto”), utilizada pelo perito criminal do Setor de Informática do Instituto de Criminalística da Politec, Valney de Lima e Silva, contribuiu de forma significativa na apuração de homicídio, ocorrido em Rondônia.

A novidade foi utilizada pela primeira vez, quando durante análise de um aparelho celular, recolhido no local do referido crime, o qual havia sido inserido em uma superfície líquida, provavelmente pelos supostos autores do delito, na tentativa de inviabilizar a extração de informações armazenadas.

O perito da Politec optou pelo novo método, após não conseguir recuperar a funcionalidade do aparelho, através das metodologias de rotina. Diante da necessidade extrema da extração dos dados, uma vez que o dispositivo celular seria a única fonte de prova existente para a elucidação do fato ocorrido, Valney Lima utilizou um equipamento denominado “Riff Box”, desenvolvido especificamente para utilização em dispositivos telefônicos celulares e tablets.

Segundo ele, o equipamento viabiliza uma comunicação em baixo nível, diretamente com o hardware do dispositivo (no caso o celular), através de um sistema de interconexão de cabos soldados diretamente em pontos específicos da placa principal. A partir daí o equipamento consegue “ressuscitar” um dispositivo, regravando o “firmware” (programa que dá vida ao celular e onde funcionam todas as aplicações utilizadas pelos usuários) na placa principal.

“Utilizando-se da natureza de tráfego de dados em duplo sentido que o procedimento proporciona, foi possível manusear o equipamento e fazer o trabalho de perícia, pois da mesma forma que se “regrava” um firmware, também é possível realizar a leitura dos dados armazenados na placa principal do telefone, a partir de onde, a análise pericial consegue ter acesso a estas informações no telefone”, explicou Valney Lima.

Para os diretores da Politec, Girlei Veloso Marinho e Sandro Micheletti, é preciso focar todo esforço para atender, de forma satisfatória o cidadão. “Esta inovação vem de encontro com a política do governo de Rondônia que tem na sua essência construir o novo com conhecimento, em um momento de Rondônia de Oportunidade”, destacou os dirigentes.