Polícia Federal abriu inquérito para apurar denúncia de eventual gestão fraudulenta no Ipam

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar possível ocorrência de gestão fraudulenta, corrupção ativa e associação criminosa no Ipam, no valor de oitenta milhões de reais.

Publicada em 21 de September de 2016 às 13:47:00

por Valdemir Caldas

Em recente artigo, asseverei, a partir de um telefonema de um graduado servidor do órgão, que uma ordem superior teria mandado o Comitê de Investimentos do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Públicos do Município de Porto Velho (Ipam) comprar papeis de uma empresa supostamente envolvida na operação Lava Jato.

Na ocasião, houve quem se exasperasse e, ao comentar o texto no site Tudo Rondônia, num rasgo de puxa-saquismo explicito, dissesse que “esta matéria seria minimamente aceitável, caso não tivesse toda a fundamentação fática ancorada NUM TELEFONEMA NÃO IDENTIFICADO. Ou seja, o "rabiscador" do texto cria uma celeuma, sem pé nem cabeça, sem um resquício de prova, com o único intuito (execrável) de jogar lama no IPAM e Prefeitura. Jornalismo fantasma!”.

De acordo com o IPL nº. 0257/2016, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar possível ocorrência de gestão fraudulenta, corrupção ativa e associação criminosa no Ipam, no valor de oitenta milhões de reais. A denúncia foi feita por um auditor fiscal, devidamente identificado nos autos.

Vê-se, pois, que se não trata de uma história “sem pé nem cabeça”, como escreveu a leitora, provavelmente, uma serviçal palaciana, mas de uma denúncia extremamente grave, que poderá, inclusive, comprometer figurões da atual administração.

Em outros tempos, muitas teriam sido as vozes em defesa do Ipam, mas, hoje, a realidade é outra e os interesses, também, embora os arautos da moralidade pública sejam os mesmos que viviam apontando o dedo na direção da administração Sobrinho. E agora, por que andam calados?