Prefeito escolheu a estratégia errada para convencer o povo de Cacoal de sua inocência

Valdemir Caldas

Publicada em 01 de July de 2015 às 22:16:00

Atribui-se a Napoleão Bonaparte um ditado muito comum que diz que a melhor defesa é o ataque. Essa, portanto, parece ser a estratégia adotada pelo prefeito de Cacoal, Padre Franco, diante das denúncias de corrupção envolvendo membros de sua administração.

Ao invés de contribuir com as investigações, colocando-se à disposição da Comissão Parlamentar de Inquérito, criada pela Câmara Municipal, para apurar as graves denúncias apontadas pelo Ministério Público de Rondônia e Polícia Civil, o petista teria resolvido investir contra a autora da CPI, Maria Simões, que pertence ao seu partido.

Inacreditável, mas o prefeito teria pedido ao presidente da Câmara,Claudemar Littig (PDT), que abrisse processo investigatório para cassar o mandato da vereadorasó porque ela e outros tantos parlamentares requereram a criação da Comissão. Que é isso, companheiro?

É claro que o prefeito não poderia, em hipótese alguma, colher êxito em sua empreitada. Afinal, o alvo da investigação é sua administração, e não a vereadora.Agiu bem o presidente da Câmara ao mandar o seu pedido às favas, respaldado em parecer de sua assessoria jurídica.

É lamentável que a sociedade brasileira, que tem ido às ruas para manifestar sua indignação contra inúmeras falcatruas envolvendo o desvio de recursos públicos, ainda tenha que testemunhar manobras as mais estapafúrdias, somente possíveis porque seus autores não têm o menor interesse no exercício da cidadania.

Pelo contrário, julgam ter em cada eleitor um néscio, incapaz de separa o joio do trigo, os fatos da mentira mais soez, a defesa de acusados e as tentativas para evitar que se faça justiça.

Não é isso, contudo, o que espera a população de Cacoal do padre Franco, sobretudo aqueles que nele depositaram sua confiança. Conduta dessa natureza só torna ainda mais difícil a sua cada vez mais frágil defesa.