Prefeitura pode habilitar táxis e vãs para operarem como lotação em caso de greve

O Sitetuperon decidiu deflagrar greve de cem por cento dos motoristas de ônibus urbanos no dia 06. O secretário Gutemberg disse que a Prefeitura já mantém conversações com taxistas e empresas de vãs escolares, que ficarão liberados para realizar serviços

Publicada em 06 de July de 2015 às 07:33:00

A Prefeitura de Porto Velho não permitirá que a população fique desassistida de transporte coletivo, caso a greve prometida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Rondônia (Sitetuperon) se confirme para a esta  segunda-feira (06). Essa declaração do secretário municipal de Transportes e Trânsito (Semtran), Carlos Gutemberg, foi dada numa coletiva realizada na manhã de sexta-feira (03), no gabinete do procurador-geral do Município.

O Sitetuperon decidiu deflagrar greve de cem por cento dos motoristas de ônibus urbanos no dia 06. O  secretário Gutemberg disse que a Prefeitura já mantém conversações com taxistas e empresas de vãs escolares, que ficarão liberados para realizar serviços de lotação, a fim de suprirem a demanda do transporte coletivo, caso se configure a greve de cem por cento dos motoristas. “Também ingressamos com um pedido de liminar junto ao Tribunal de Justiça do Trabalho, para que a legislação seja cumprida. O transporte urbano coletivo é considerado serviço essencial para a sociedade, assim, não menos que setenta por cento da frota deveria ficar circulando para atendimento à população. Portanto, estamos no aguardo dos acontecimentos e esperamos que a população seja atendida em seus direitos de ir e vir”, afirmou.

A Semtran irá colocar, desde os primeiros momentos da manhã desta  segunda-feira, fiscais que acompanharão a saída dos ônibus nas garagens das duas empresas que operam o sistema, com a finalidade de averiguar se a legislação será cumprida. O secretário informou que a Prefeitura não questiona o direito da realização de greves, mas do cumprimento dos serviços. Quanto aos motivos para a greve, o dissídio dos trabalhadores era previsto para o mês de junho, mas não houve consenso acerca de aumentos salariais. A empresa que participa do novo certame, para contratação emergencial, ainda não se apresentou, porque o certame ainda não foi concluído. As empresas que estão atuando alegam não poderem se posicionar quanto à discussão da questão, mediante as mudanças que estão para acontecer. “Mas os funcionários são dessas empresas e o dissídio ocorre na gestão delas, assim, com certeza o TRT irá deliberar sobre o problema para definir o que é justo para os trabalhadores”, informou Gutemberg.

A Prefeitura tem conversado com a empresa que passou para a segunda fase do certame sobre a absorção da mão de obra já existente na cidade, mas não pode interferir nas relações entre empregadores e empregados. “O que estamos fazendo é pedir que a mão de obra seja aproveitada. Não podemos nos imiscuir em questões relativas a nível salarial e outros benefícios dessa relação. Desde o início, o que o prefeito tem feito é pedir a todas as empresas interessadas no certame o aproveitamento da mão de obra já existente. Cremos que isso acontecerá, porque a quantidade de ônibus vai aumentar e não imaginamos que alguém quisesse trazer motoristas de fora. Isso seria oneroso, de forma que o provável é que as pessoas que já atuam continuem a trabalhar”, expressou o secretário.

A nova empresa deverá iniciar suas atividades na cidade no próximo mês, porém, com relação ao valor de tarifas foi acordada a continuação dos valores atuais, de R$ 2,60. “Essa é uma determinação do nosso prefeito. A empresa muda, mas não o valor da tarifa”, finalizou o secretário.
Por Renato Menghi