Presidente da Câmara deixa de participar de audiência sobre segurança pública em Porto Velho para viajar às custas dos contribuintes

Esse tipo de evento serve também para que os vereadores se divirtam fazendo turismo. As empresas que promovem tais seminários reservam, em sua programação, algumas horas de lazer para que os participantes possam descontrair.

Publicada em 24 de March de 2015 às 17:18:00

Da reportagem do Tudorondonia

Porto Velho e região enfrentam vários problemas agravados pela enchente do Rio Madeira que já desabrigou mais de trezentas famílias, mas nem isso parece sensibilizar o presidente da Câmara de Vereadores do município, Jurandir Bengala (PT), que se auto-concedeu R$ 3.188,16 para viajar a Belem (PA) a pretexto de participar, no Hotel Sagres,  de um certo Seminário de Fortalecimento do Legislativo Municipal-Região Norte.

O evento acontecerá no período de 25/03 a 27/, com  saída no dia 24/03/2015 e retorno no dia 28/03/2015, sábado.
Para custear suas despesas, Bengala concedeu a ele mesmo 4 diarias e 1/2 (meia).

Esse tipo de evento serve também para que os vereadores se divirtam fazendo turismo. As empresas que promovem tais seminários reservam, em sua programação, algumas horas de lazer para que os participantes possam descontrair.

SEGURANÇA PÚBLICA

Nesta terça-feira, a Câmara de Vereadores de Porto Velho realizou uma audiência pública para discutir a questão da segurança no município. Bengala apareceu apenas para abrir a sessão, que abandonou às pressas rumo ao Aeroporto.

No plenário estavam o comandante geral da PM, o secretário estadual de Segurança Pública, o secretário estadual adjunto de Justiça, além de outras autoridades da área. A sessão prosseguiu sem o presidente da Câmara.

No início da atual legislatura, um grupo de vereadores, nem bem assumiu o mandato, recebeu diárias da Câmara para viajar à Paraíba com o mesmo pretexto de Jurandir Bengala - participar de um dos inúmeros seminários promovidos quase que diariamente em algum lugar do Brasil , com as despesas recaindo no ombro do contribuinte.

Na época, o caso provocou indignação e revolta na opinião pública, o que obrigou os vereadores a devolver as diárias.