Que trema o inimigo quando a guerra começar
Sou Antônio Conselheiro... Enfrentando os coronéis na porta do araiá... Sou Virgulino o Lampião... Na caatinga os macacos a enfrentar
Eu sou a Arte da Guerra.
DOM QUIXOTE, a história querendo impulsionar.
Os Dez Dias que Abalaram o Mundo.
A Utopia, A Cidade do Sol, A Arte de Amar.
Sou Os Miseráveis no Contrato Social.
Sou A Mãe, sou o filho que sempre irá te amar.
Eu sou Gangazomba, o negro Zumbi.
Viva ! a liberdade ! em Palmares a gritar...
Sou a inconfidência mineira.
Sou Tiradentes a frente liderar.
Sou Garibaldi e Anita.
O sonho libertário a espalhar.
Sou Antônio Conselheiro
Enfrentando os coronéis na porta do araiá
Sou Virgulino o “Lampião”
Na caatinga os macacos a enfrentar
Sou a astúcia do cangaceiro Curisco
No meio do sertão com a cangaceira DADÁ.
Eu sou o índio Araribóia.
Prefiro morrer lutando do que me escravizar
Sou Plácido de Castro
O território do Acre a conquistar
Eu sou o Marechal Rondon
A Amazônia desbravar.
Sou a Resistência no regime militar.
O grito das ruas pela diretas já !
Eu sou um cara pintada
A um Presidente destronar
Eu sou a defesa do Estado
Contra os que querem me acabar.
Sou o Navio Negreiros, de Castro Alves.
Sou Trupizupi, a ciência desafiar.
Sou o poeta Leandro, no sertão de Caicó.
Sou João Grilo, na Paraíba a aprontar.
Sou Zé Limeira, o poeta do absurdo.
Sou Patativa, a prosear no Estado do Ceará.
Eu sou o Maluco Beleza.
Sou a Legião Urbana, no céu a cantar.
Sou apenas um Latino Americano.
Sou Cazuza, a burguesia detonar.
Sou O Rock Nacional
Por este Brasil a liberdade exaltar
Eu sou vítima do sistema
Que aprendi a não me calar.
Contra o capitalismo selvagem.
Sou uma bomba a detonar.
Sou a rebeldia que não tem fim.
Que trema o inimigo quando a guerra começar.
Eu sou a estrela solitária.
Sou Bota Fogo, no mundo a tocar
Sou Garrincha, Zagalo e Jairzinho....
O futebol gostoso de jogar
Eu sou, o antes,o agora e o depois.
O canto poético numa noite de luar.
Eu sou o veneno do escorpião.
O canto no amanhecer do Sabiá.
Sou forte como um guerreiro.
Na hora de ti enfrentar.
Sou Cristo no monte das oliveiras
Não tenho medo do atentar.
Eu sou a revolução proletária.
Um fogo difícil de apagar.
A língua de uma serpente.
Que se movimenta sem parar.
Os versos de um poeta
Num jogo de improvisar.
Sou o chifre de sua cabeça.
Coisa difícil de tirar.
Sou a indivisibilidade do átomo.
Uma Tarântula no seu acasalar.
A força de uma Sucuri.
Na hora de uma presa devorá.
Quando você pensa que estou longe.
Eu estou do lado te ouvindo o seu falar.
Quanto você pensa que estou perto,
Eu estou pra lá do alem mar.
Conheço todo o meu exército
Quando terminar de conhecer o teu, irei te derrotar.
Eu posso não concordar com nada do que tu dizes
Mas, defenderei até a morte o direito de falar.
Quem és tu ? Ó imbecil.
Pra querer me julgar
O meu mundo é de Sofia
Como o princípio de amar
Eu sou muito alem do que você possa imaginar.
Eu só sei, que nada sei.
Tenho muito a estudar.
Sou um ignorante.
Sou o conhecer a conquistar
O Espetáculo do desconhecido,
Sempre me fez fascinar.
Francisco Batista Pantera é Professor, Jornalista, Poeta e Presidente Estadual do PCdoB/RO.