Ter vontade de mudar o mundo
É uma loucura que me domina
A loucura dos revolucionários
É algo que me fascina
Admiro o ser humano guerreiro
E a mulher que enfrente quem te discrimina.

Eu sou louco
Mas, sou feliz
Desconfio dos normais
Que vão saqueando o País
Roubam ate pano de ferida
Como no Caicó se diz.

Me chamam de louco
Por ser comunista
Por lutar contra a opressão
Do sistema capitalista
Regime da exploração do homem pelo homem
Da degradação ambiental, das guerras imperialistas.

Me chamam de louco
Porque conclamo a se cuspir nas estruturas
Nos responsáveis pela desgraça social
Nos que nos pobres provocam tortura
Estes então são normais
Não é? Seu comedor de rapadura!

Será que eu sou louco
Por combater o ter?
O esperto do egoísta
Que vive o oposto do ser
Que quando morrer não levarás nada
Esse recado também serve para você!

Eu sou louco
Por está dominado pela última fase da inteligência
Por combater os normais
Que usam o poder pra exercer sua prepotência
Que provocam guerras de rapina
E patrocina nos quatro cantos do mundo a maldita violência.

Talvez eu seja louco
Por questionar a corrupção imoral
Talvez eu seja um louco varrido
Por gritar contra a ganância no mundo atual
Talvez exista um pouco de razão na minha loucura
Quem sabe, eu não seja um maluco total.

Eu acho que estou ficando um velho doido
Mais biruta do que os jovens na rebeldia
Mas, sou um louco apaixonado
E defendo com coragem minha ideologia
Todo mundo tem uma, você sabia? ...
Seu tabaco leso de mente vazia!

Temos que compreender
Que ora somos organismos vivos, ora em estado de putrefação
Então, eu sou louco e não sou ao mesmo tempo
Simplesmente uma metamorfose em evolução
Posso agora está vivo e forte
Amanha podendo está morto dentro de um caixão.

Me chamam de louco
Porque nunca me considero derrotado
Quando eu caio:
Levanto, sacudo a poeira e pra outra batalha estou preparado
Assim vou correndo como uma Pantera
Pra não morrer como um Veado.

Junte-se a nós!...
Assim serás mais um parceiro
Com nossas loucuras
Faremos um grande exercito de guerreiros
E o nosso sonho de libertários
Tomarás conta do mundo inteiro.

Vou escrevendo o meu cordel
Não é da sua conta se me acho um biruta
A caminho de uma sociedade mais justa e fraterna
Essa será sempre a minha conduta
Quem não respeita essas loucuras
E um grande filha da tuta.

*Francisco Batista Pantera, é Professor, Jornalista, Poeta e militante Comunista.