Relatório da Fapero revela desafios da iniciação científica em Rondônia até 2020

“É preciso considerar que investimentos em tecnologia e inovação requerem estrutura minimamente consolidada”, alertou o presidente da Fapero.

Publicada em 12 de fevereiro de 2016 às 17:25:00

 

análise laboratorial da raiva

Fapero apoia PPSUS na identificação de doenças infecto-parasitárias em Rondônia

Reduzir o atraso de Rondônia em relação às regiões Sul e Sudeste, e contribuir para pesquisas com parcerias aplicadas em cadeia produtiva. Este será o binômio buscado pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero) em sua fase de consolidação, informou nesta quarta-feira (27) o presidente da autarquia, Francisco Elder Souza de Oliveira.

Relatório de atividades da Fapero foi entregue neste início de ano ao governador Confúcio Moura. O documento alinha carências que deverão ser amenizadas no quinquênio programado: 1) número de doutores e número de patentes obtidas por residentes; 2) número de estudantes bolsistas no Programa Ciência Sem Fronteiras; 3) número de Pessoal Técnico Qualificado (PoTec); 4) número de programas de mestrado e doutorado; 5) presença de instituições federais de pesquisa; 6) nota média de programas de pós-graduação e disponibilidade de engenheiros; 7) densidade da rede de assistência tecnológica.

“Qualquer indicador escolhido mostra o grande desafio que deveremos enfrentar na superação dos obstáculos que nos colocam entre os estados nas últimas e distantes posições em qualquer ranking nacional”, assinalou Oliveira.

Por força de convênio firmado com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Fapero obteve inicialmente investimentos de R$ 17 milhões para aplicações no prazo de cinco anos (de 2015 a 2020), atendendo a chamadas para formação de recursos humanos qualificados.

Atualmente, as bolsas para pós-doutorado, doutorado, mestrado, pesquisa, iniciação científica e para educação básica, totalizaM investimentos de R$ 23 milhões.

“Entre outros acordos, visamos principalmente à consolidação da pós-graduação stricto sensu (em sentido específico) e o fomento do ensino básico e médio”, destacou Oliveira.

O segundo objetivo será o apoio às pesquisas aplicadas na cadeia produtiva, pelo qual a Fapero investirá em tecnologias com instituições parceiras, entre as quais a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rondônia, Agência Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Federal de Rondônia (Ifro) e Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri).

“É preciso considerar que investimentos em tecnologia e inovação requerem estrutura minimamente consolidada”, alertou o presidente da Fapero.

PRIORIDADES NA SAÚDE

Elder Oliveira enfatiza a gestão compartilhada em saúde pelo Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), Fapero, Secretaria Estadual de Saúde, Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Com ela, Rondônia elegeu como prioridades doenças infecto-parasitárias, vigilância em saúde com base territorial local, integralidade da atenção e mortalidade e morbidade materna e infantil.

Para Oliveira, o PPSUS possibilita a aproximação entre os sistemas estaduais de saúde e de ciência e tecnologia, e a mobilização da comunidade acadêmica da área da saúde para o desenvolvimento de projetos de pesquisas de temas considerados prioritários. “O parâmetro são as reais necessidades de saúde da população brasileira”, observou.

 


Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Arquivo Secom