Resenha Política

Robson Oliveira

Publicada em 26 de janeiro de 2016 às 10:51:00

Réplica

A coluna é semanal, com publicação às terças-feiras. No entanto, abre exceção para publicar réplica à nota abusada enviada pela assessoria da menina deputada federal Mariana Carvalho (PSDB). Embora não haja nenhuma informação grosseira ou tratamento desleal da coluna, a parlamentar optou em desmentir a informação desqualificando o colunista. Típico dos políticos déspotas.

Desqualificando

Uma informação dada na última coluna sobre a desistência da deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) em disputar a prefeitura da capital, discutida num regabofe entre Aparício de Carvalho (pai da parlamentar) e Confúcio Moura (PMDB), deve ter provocado algum incômodo ao ninho tucano devido à reação destemperada da parlamentar ao tentar desqualificar a informação e o autor. Numa atitude totalmente desproporcional, visto que não há na informação nenhuma menção a acordos espúrios ou algo imoral.  

Destempero

Não há nada de anormal o pai, a mãe ou qualquer familiar de uma autoridade política receber em casa outra autoridade para um regabofe ou mesmo para conversar sobre eventuais projetos comuns ou opostos. A menção da comilança entre o governador e o pai da deputada Mariana Carvalho, quando se comentou sobre a suposta desistência da candidatura a prefeita, não necessitava de uma reação tão destemperada visando desqualificar este escriba. Bastaria dizer que "não houve", sem a agressividade gratuita do texto distribuído à mídia. Embora a informação seja verdadeira, pela reação, podemos deduzir que a conversa pode ter sido muito mais do que este cabeça chata informou. Não há outra explicação para tanta destemperança.

Fumaça

Nas coxias do PSDB, o que apurou a coluna por telefone junto aos principais líderes da legenda, provocando a irritação no clã dos Carvalhos, foi a informação da suposta troca dos nomes de Mariana por Maurício como o provável candidato a prefeito de Porto Velho pela legenda. Este teria sido o motivo da reação grosseira contida no desmentido encaminhado à mídia pela assessoria da deputada. O regabofe com o governador, conforme desmentido, seria apenas a cortina de fumaça para tentar desqualificar uma informação que é a mais absoluta verdade, o que, aliás, a coluna mantém. Se alguém mente neste episódio, caros leitores, não somos nós!

Credibilidade

Ao contrário do que diz a indigitada nota da menina Mariana Carvalho, a credibilidade desta coluna foi construída no decorrer de quatorze anos desde a primeira publicação em jornais impressos, sem nunca ter sido acusada de leviana nem dado barrigada. É uma coluna que também não se curva aos poderosos de plantão e tão pouco vende espaço. Tem um leitor seleto e cativo, razão pela qual a informação repercutiu e terminou pautando outros veículos devido à credibilidade conquistada. Quando erramos, pedimos as escusas, mas não é o caso. Credito as palavras acerbas aos arroubos juvenis da menina deputada.

Egos

É regra o político desmentir publicamente muito do que faz privativamente. Uns optam em atacar os autores das matérias e outros apenas negar a informação. A última opção tem sido a regra dos políticos experientes, matreiros e íntimos com o poder. Os que seguem o caminho do ataque demonstram insegurança, agressividade e egos superlativos. A regra na política é a sobrevivência dos mais espertos, experientes e tolerantes. O segundo grupo, a berlinda e o ostracismo. Aqui, como alhures, há ex-vice-governador, ex-deputado federal, entre outros, completamente desprezados da vida pública por atitudes inconsequentes que lhes custaram novos mandatos. Ao que parece esse grupo tende a crescer.

Cedo

As especulações sobre eventual candidatura de Confúcio Moura ao Senado Federal, conforme colocada na mídia, são conjecturas compreensíveis visto que é um suposto postulante com experiência positiva nas urnas. No entanto, é cedo para afirmar se é ou não candidato, pois dependerá mais do momento circunstancial da gestão em 2018. Se estiver bem, dificilmente fica fora da disputa. Razão pela qual os principais asseclas palacianos brandam por aí que o senador Raupp, real donatário da legenda, estará inabilitado. Todos que subestimaram a capacidade de recuperação do senador deram com burros n'água. 

Lembrança 

Não podemos esquecer que nos dois primeiros anos da administração de Ivo Cassol (PPB), momento em que surfava nas pesquisas, anunciava que se elegeria ao Senado Federal e ainda elegeria a segunda vaga que, conforme grunhia por Rondônia, seria o Tiziu. Abertas as urnas, Cassol venceu, mas foi surpreendido pelo principal desafeto Valdir Raupp (PMDB), que ficou com a primeira vaga. 

Ladainha

Quanto ao argumento de que a família do governador quer vê-lo fora da política, pode até ser verdadeiro, mas é uma ladainha conhecida desde o primeiro mandato na prefeitura de Ariquemes. Nada o impediu de disputar os pleitos seguintes. Embora esta ladainha sempre fosse ventilada. Uma coisa é certa: não há espaço para o PMDB apresentar em 2018 dois candidatos ao Senado, mesmo existindo duas vagas. Quem viver, verá! 

Vencimentos

As associações de juízes têm trabalhado junto a Ricardo Lewandowski para que ele encampe a proposta de se apresentar uma emenda à Constituição que crie o adicional por tempo de serviço, que aumentaria gradativamente a remuneração de juízes de acordo com o tempo de carreira. A ideia é que o adicional substitua o auxílio moradia, que vem sendo questionado cada vez mais em tribunais. Aliás, a proposta é boa, na medida que os juízes fazem jus a uma remuneração digna do cargo. Por outro lado, livra de dar explicação a um auxílio concretamente imoral: principalmente para quem possui imóvel na comarca que reside. 

Violência

Os municípios de Rondônia, particularmente a capital, está fora da lista das cidades mais violentas listadas numa reportagem. Tudo indica que os índices melhoraram em geral. O trânsito, campeão de acidentes com motos, também melhorou.