Resenha política

Robson Oliveira

Publicada em 04 de August de 2016 às 11:04:00

Animação

Por um mero vacilo estratégico, Léo Moraes deixou de ampliar o arco da coligação que pilotará rumo à prefeitura da capital. No entanto, o parlamentar conseguiu juntar alguns partidos e realizou uma convenção animada que o indicou candidato a prefeito.  

Discrição

O deputado Ribamar Araújo (PR) teve a candidatura homologada numa convenção discreta com pouco militantes da capital. Apesar da sisudez, é um postulante com um discurso contundente que não deve ser menosprezado.

Corajoso

Mesmo com toda a mídia nacional vasculhando com lupa as administrações petistas e dando as manchetes mais ácidas possíveis de eventuais malfeitos, não desencoraja o PT a lançar candidatos nas principais capitais. Porto Velho é um exemplo da coragem petista ao homologar a candidatura do ex-prefeito Roberto Sobrinho, mesmo com os problemas jurídicos represados que podem voltar a se movimentar em passos largos durante a campanha e provocar novos desgastes. Convicto de que ainda tem espaço político para lutar por um terceiro mandato, Sobrinho disse à coluna que a candidatura é uma imposição da militância. Mais é uma candidatura fadada a passar a eleição dando explicações e sendo alvo das críticas mais acerbas.

Explicações

Embora a convenção que oficializou a candidatura à reeleição de Mauro Nazif (PSB) tenha levado um número expressivo de militantes e convencionais à casa de shows Talismã, não vai ser fácil a campanha eleitoral para o prefeito diante da imensidão de problemas não resolvidos em Porto Velho. É outro que terá muito o que explicar. 

Lorota

O vice-governador Daniel Pereira exagerou ao vociferar na convenção dos neossocialistas da capital que o governador Confúcio Moura (PMDB) foi reeleito somente porque o PSB compôs a coligação do PMDB nas eleições estaduais. Para justificar o raciocínio, somou as votações obtidas por Moura em Ji-Paraná e Porto Velho – municípios em que colocou uma diferença enorme em relação ao adversário Expedito Júnior – que são administradas por prefeitos do PSB. Tudo lorota! 

Soberba

É verdade que os dois prefeitos (Mauro e Jesualdo) ajudaram na reeleição do peemedebista, mas os votos obtidos por Confúcio Moura não necessariamente retratam esta conta linear e equivocada feita pelo vice-governador. A população foi às urnas avaliar a primeira gestão de Confúcio Moura e aprovou. Foi esta avaliação que pavimentou a reeleição. Caso estivesse ruim, nem ajuda dos orixás mudaria um eventual resultado negativo. Imagine a ajuda de um prefeito – a exemplo da capital – que tem uma gestão amplamente criticada. Soberba descomunal o discurso desse vice ao alfinetar o PMDB por escolher caminhar com candidatura própria em Porto Velho.

Atípica

Quem tem acesso aos bastidores partidários consegue obter os números apurados pelos comitês eleitorais da corrida municipal em Rondônia. Esta coluna já acessou alguns resultados que nortearão os programas televisivos e radiofônicos dos candidatos. Apesar da vedação em comentar objetivamente os dados extraoficiais, é possível intuir e avaliar que é uma campanha atípica e sem favoritismo. Em particular, os programas televisivos e as mídias sociais vão ser decisivos numa eleição onde o eleitor tem manifestado repulsa aos políticos em geral.

Informática

Contratos vultosos de serviços de informática suspeitos de malfeitos estão causando estragos incomensuráveis à reputação do ex-ministro do planejamento do governo afastado. Um contrato com os mesmos serviços em análise dos órgãos de controle pode também provocar muita dor de cabeça a administradores rondonienses. A coluna teve acesso a um relatório ainda prévio que aponta supostas irregularidades. Voltaremos ao assunto!

Arca

Mais uma vez as principais lideranças estaduais e os principais partidos estão coligados na candidatura a prefeita de Cacoal da deputada estadual Glaucione Neri (PMDB). Nas eleições municipais passadas esta reunião de caciques tão díspares foi o principal argumento utilizado pelo Padre Franco (PT) para derrotar a candidata do acordo. Um erro de estratégia que tende a repetir o mesmo resultado já que o eleitor percebe que uma candidatura não pode ser escolhida de forma impositiva pelos donatários das agremiações partidárias, razão pela qual acordo dessa natureza sempre é rechaçado nas urnas. Quem viver verá!