Vale do Paraíso, Rondônia -  O vereador de Vale do Paraíso Jarbas Teixeira de Sena, o “Jarbão”, que estava afastado do cargo desde dezembro de 2013, denunciou na Delegacia Civil de Ouro Preto do Oeste estar  sofrendo perseguição do presidente da Câmara, vereador Sodré Rodolfo Wagmucher, e alega ter sido vítima de tentativa de extorsão.

Segundo Jarbão ,  quando o vereador Sodré recebeu o oficio do juiz criminal Haruo Mizusaki determinando o retorno dele à Câmara, houve  uma reunião na Linha 200, onde Sodré teria proposto que para lhe dar posse ,  queria o voto deste  para reeleição de presidente da Câmara de Vale do Paraíso e ainda  teria exigido a quantia de R$ 30 mil como garantia, que deveria ser depositada em uma conta corrente.

O delegado Julio Cesar Souza Ferreira, titular da Delegacia Civil, instaurou inquérito policial e anunciou que vai ouvir todos os envolvidos no episodio narrado por Jarbão.


A reportagem do Correio Central online constatou que a reunião citada pelo vereador Jarbas de fato aconteceu numa propriedade rural do vereador Bruno José Camata, o “Nicão”, localizada na Linha 202. Cinco vereadores participaram do encontro na área rural, e existem outras três testemunhas do fato.

Além dos vereadores Jarbas Teixeira, Sodré Rodolfo e o dono do sitio,  Bruno Camata, estavam presentes o vereador Elionaldo Guimarães dos Santos, o “Liu”, o vereador José do Amaral, o taxista Edson dos Santos, da praça de Vale do Paraíso; o presidente do PP, conhecido por  Edivaldo ,l e o ex-secretário de Saúde ,Juarez Eletricista ,que chegaram na propriedade com o presidente da Câmara.


Jarbão disse que Sodré propôs que para dar parecer favorável a recondução dele ao cargo, queria seu voto e o voto dos demais vereadores presentes, e como garantia o vereador deveria depositar R$ 30 mil em uma conta corrente que Sodré iria indicar.

SODRÉ SE DEFENDE

O vereador Sodré Rodolfo falou à reportagem do Correio Central online sobre a denúncia registrada pelo vereador Jarbas Teixeira de Sena. “Eu estive realmente no (vereador) Nicão e fui a convite do grupo de vereadores. Fui lá ouvir eles, não levei proposta nenhuma”, se defendeu.

Sodré também argumentou que os vereadores queriam que ele fizesse um documento que facilitasse a soltura de Jarbão, mas  o vereador já estava solto, inclusive participou da reunião.

O vereador jurou que não fez a proposta imoral que o vereador Jarbas denuncia e que está tranqüilo: “eu não vou fazer acordo com uma pessoa que não confio. Estou apanhando por fazer a coisa certa, e vou continuar fazendo”, concluiu Sodré.
O delegado Julio Cesar vai ouvir todos os envolvidos e remeter o relatório para o Ministério Público.

Fonte: www.correiocentral.com.br

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