Senador destaca endividamento de Rondônia em R$ 3,3 bilhões nos últimos 4 anos

A cifra foi divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e diz respeito aos últimos quatro anos.

Publicada em 21 de August de 2014 às 09:35:00

Porto Velho, RO – Mais uma vez ao discursar no Senado Federal na quarta-feira (20) o congressista Odacir Soares criticou o Governo do Estado de Rondônia. O senador usou a cifra espantosa divulgada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) relacionada ao endividamento de Rondônia nos últimos quatro anos.

Segundo o instituto, o Estado acumulou uma dívida de R$ 3,3 bilhões neste período.

– Fruto de uma política equivocada e desastrosa do atual governador, comprometendo o orçamento estadual e, consequentemente, reduzindo o poder de investimentos do Estado, no curto e no longo prazo – asseverou o senador.

Anteriormente Odacir Soares fez questão de relembrar e destacar o potencial de Rondônia nos campos da pecuária, agropecuária e energético.

Para ressaltar essas qualidades, fez menção à capacidade empreendedora de produtores e criadores que atuam em solo rondoniense e às hidrelétricas que contribuíram para a solução energética no Brasil – relembrando que pouco fica no Estado, pois o imposto é pago em São Paulo.

Infraestrutura, saúde e educação: setores precários em Rondônia


Logo após citar a dívida, ao se dirigir aos demais senadores, falou também sobre outros problemas vivenciados pela população de Rondônia.

– Muito endividamento e nenhum desenvolvimento! Na educação, embora tenha melhorado o nível de analfabetismo, estamos longe de atingirmos um patamar que nos orgulhe, e estamos ainda numa posição abaixo da média nacional. Na saúde, basta ver os noticiários diários para constatar o caótico estado da assistência médico-hospitalar, e por vai a inoperância do Governo do Estado de Rondônia no atendimento das necessidades desse povo sofrido – disse.

Ranking de Gestão e Competitividade: Rondônia em 23º lugar

O senador Odacir Soares aproveitou a ocasião para comentar o resultado da 3ª Edição do Ranking de Gestão e Competitividade dos Estados Brasileiros, publicado pelo Centro de Lideranças Públicas. Rondônia ficou na 23ª posição, de um total de vinte e seis estados mais o Distrito Federal. Esse estudo, conduzido pela Unidade de Inteligência da Economist, consultoria vinculada à revista britânica The Economist, é constituído de levantamento considerando 26 indicadores que medem atributos específicos no ambiente operacional de negócios nos estados e no Distrito Federal, demonstrando os fatores que afetam as operações de negócios, objetivando contribuir para que os estados melhorem sua competitividade. (O resultado da publicação em relação a Rondônia você vê no final da matéria).

– Rondônia já teve melhor desempenho. Na avaliação dos indicadores nas três edições do ranking, referentes aos anos de 2011, 2012 e 2013, constatamos uma constrangedora queda no desempenho do Estado. Em 2011, fruto do desempenho do governo Cassol, estávamos em 20º lugar, parecia que estávamos caminhando para um processo de soerguimento – comentou Odacir.

E finalizou complementando:

– No entanto, com a mudança de política do governo estadual, veio a decadência, encontrando-se Rondônia, no levantamento consolidado 2013/2014, na 23ª posição do ranking nacional, com perda de quatro pontos percentuais, fruto da má gestão e do uso inadequado e ineficiente dos recursos no Estado, pela falta de uma visão integrada das potencialidades do Estado com as necessidades – concluiu.

VEJA ABAIXO A PONTUAÇÃO DE RONDÔNIA NO ESTUDO

AMBIENTE POLÍTICO – Avaliação de 0 a 100

Estabilidade Política – 33,3
Corrupção – 25
Burocracia – 25
Condições de segurança – 25

AMBIENTE ECONÔMICO – Avaliação de 0 a 100

Tamanho do mercado – 25
Crescimento do mercado – 50
Renda per capta média – 50
Desigualdade de renda – 50

REGIME TRIBUTÁRIO E REGULATÓRIO – Avaliação de 0 a 100

Consistência do sistema tributário – 0
Abertura de empresas – 75

POLÍTICA PARA INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS – Avaliação de 0 a 100

Incentivos para investimento- 50
Política para o capital estrangeiro – 33,3

RECURSOS HUMANOS – Avaliação de 0 a 100

Oferta de mão de obra especializada – 25
Produtividade da mão de obra – 50
Graduados em universidades – 25

INFRAESTRUTURA – Avaliação de 0 a 100

Qualidade da rede de telecomunicações – 0
Qualidade da rede de estradas – 25

INOVAÇÃO – Avaliação de 0 a 100

Gastos públicos com P&D – 0
Gastos privados com P&D – 0
Presença de Infraestrutura em P&D – 25
Incentivos fiscais para P&D – 0
Pedidos de patentes – 25

* A sigla P&D, Planejamento e Desenvolvimento se refere a atividades de longo prazo orientadas para o futuro, relacionadas a ciência e tecnologia.

SUSTENTABILIDADES – Avaliação de 0 a 100

Plano estratégico ambiental do Estado – 25
Incentivos fiscais a sustentabilidade – 50
Regulador ambiental – 100
Qualidade da legislação ambiental – 50