Servidores federais em Rondônia deflagram greve por tempo indeterminado

Nesta terça estão previstas novas deflagrações de greve: Funasa, Ibama, DNIT, SPU e Ministério da Saúde.

Publicada em 28 de July de 2015 às 04:48:00

A greve geral dos servidores federais de Rondônia foi deflagrada  oficialmente nesta segunda-feira (27.07) em frente à Superintendência de Administração Fazendária (SAMF), em Porto Velho , pelo presidente do Sindicato da categoria (Sindsef-RO), Daniel Pereira.

A greve foi aprovada há 10 dias, em Assembleia Geral, mas só começou nesta segunda em atendimento à recomendação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) que alegou impasses na negociação da campanha salarial 2015 com a União.

Segundo o assessor jurídico do Sindsef, Paulo Vieira, a categoria já está de greve a partir desta segunda nos maiores órgãos federais como DCZ, Incra, LACEN, SAMF, SFA e AGU, respeitando a manutenção dos 30% de trabalhadores em suas funções como prevê a legislação que regula o Direito de Greve. Nesta terça  estão previstas novas deflagrações de greve: Funasa, Ibama, DNIT, SPU e Ministério da Saúde.

“Ás 17 horas estaremos reunidos com todos os delegados de Base para fazer a primeira avaliação da greve e estudar as diretrizes a serem tomadas para o crescimento do movimento”, comentou Paulo Vieira. A última greve realizada pela categoria foi em 2012.

De acordo com o presidente Daniel Pereira, em que pese o momento econômico difícil do País, há que se destacar a postura do Governo Federal em Brasília, que “só pensa em resolver o problema dele”. Segundo Daniel, a União precisa repensar a atual política salarial dos servidores, afinal, “a administração pública federal não faz nada sem os servidores”.

Durante a instalação da Greve geral na manhã desta segunda, o Sindsef-RO distribui a todos os servidores e dirigentes  uma cartilha falando sobre o Direito de Greve e o relatório da Campanha Salarial 2015, elencando os pontos principais da pauta de reivindicação:

– Reajuste de 27,3%;
– Data-Base (1º de maio);
– Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes;
– Política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias;
– Retirada imediata dos projetos do Congresso Nacional que ataca o direito de servidores;
– Direito de negociação coletiva;
– Aprovação imediata de projetos que beneficiam o servidor público;
– Paridade salarial entre ativos e aposentados.