Servidores municipais de Porto Velho decidem nesta terça-feira se mantém a greve iniciada nesta segunda

Durante a reunião o chefe de gabinete reforçou a proposta aceita pela prefeitura de suspender os efeitos da lei por 90 dias, tempo que será dedicado à elaboração dos cálculos precisos do impacto do quinquênio.

Publicada em 20 de fevereiro de 2017 às 17:52:00

Os servidores municipais de Porto Velho se reunirão em assembleia nesta terça-feira, dia 21/02, às 9 horas da manhã, em frente à prefeitura, para decidir se suspendem ou mantém a greve geral iniciada hoje, dia 20/02.

Pela manhã milhares de servidores se concentraram em frente à prefeitura para protestar contra a extinção do quinquênio, um direito conquistado ao longo de décadas de lutas.

Presidentes e diretores dos sindicatos que representam os servidores se reuniram com o chefe de gabinete do prefeito, quando expuseram os motivos da greve.

Eles relataram a insatisfação e a revolta dos servidores com o prefeito Hildon Chaves, que em campanha eleitoral prometeu valorizar as categorias, mas traiu o funcionalismo com o projeto de lei que acaba com o quinquênio.

Os sindicalistas também destacaram as inconsistências da informações divulgadas pela prefeitura quanto ao valor que seria economizado pela prefeitura com a extinção do benefício, que, de R$ 100 milhões baixou para R$ 17 milhões. Esse valor pode ser ainda menor, de acordo com os sindicalistas.

Durante a reunião o chefe de gabinete reforçou a proposta aceita pela prefeitura de suspender os efeitos da lei por 90 dias, tempo que será dedicado à elaboração dos cálculos precisos do impacto do quinquênio.

Até o gabinete do prefeito admite equívoco no cálculo inicial, e que se o impacto não for o esperado, a lei pode ser revogada.

O novo posicionamento da prefeitura pode explicar a “saia justa” em que ficaram os vereadores que aprovaram o projeto de lei sem ter conhecimento do seu conteúdo.

Os presidentes e diretores de sindicatos disseram que a reunião com o representante do prefeito foi positiva, pois abriu um canal de negociação para que seja restabelecido o direito dos servidores.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, disse que uma maneira de resolver o impasse é o envio à Câmara de um novo projeto de lei modificando a lei já aprovada, prevendo que os servidores já concursados mantenham o direito ao quinquênio, e que o benefício seja extinto apenas para quem fizer concurso a partir de agora.

 

Autor: Assessoria de Imprensa - Sintero