por Valdemir Caldas

A sessão plenária de terça-feira da Câmara Municipal de Porto Velho parecia mais um velório. Só faltaram as lágrimas. Se bem que houve quem ficasse com os olhos marejados. E não é sem motivo. Muitos sonhavam com dois, três e até quatro mil votos, mas eles não vieram. Faltou combinar com o eleitor. Deu tudo errado. E a decepção bateu fundo.  

Chegou a hora de limpar as gavetas e dar lugar aos novatos. E não são poucos. Foram 14 eleitos no domingo passado. Dos 21 vereadores, apenas sete conseguiram reeleger-se, salientando, contudo, que o pastor Delso Moreira (PRB) não disputou a reeleição.

Alguns voltarão aos seus órgãos de origens, na condição de servidores públicos efetivos, como é o caso dos vereadores Sid Orleans e Fátima Ferreira (PT), José Iraci Macário (PSB), Junior Siqueira (PSDC), Cabo Anjos (PSL) e José Wildes (PDT).

Outros, como Edemilson Lemos (PSDB), Cláudio da Padaria (PDT), Chico Lata (PP) e Everaldo Fogaça (PTB), dedicar-se-ão, com mais intensidade, às suas atividades empresariais. Quanto aos vereadores Édmo Ferreira (PSL), Eduardo Rodrigues (PSB), e à simpática e sempre sorridente Ana Maria Negreiros, que foi vice na chapa do prefeito Mauro Nazif (PSB), o futuro é incerto.

A partir de agora, inicia uma nova fase. É hora das negociações para a escolha da mesa diretora para o biênio 2017/2018. E elas já começaram, ainda que de maneira tímida, mas há quem prefira esperar o resultado final do segundo turno para saber quem será o novo inquilino do palácio Tancredo Neves.

Se o ungido for o candidato Hildon Chaves (PSDB) é provável que o tucano reeleito Alan Queiroz queira retornar à presidência da casa. Se der Léo Moraes (PTB), acredita-se que ele tentará emplacar um vereador do partido.

Independente de quem seja o novo prefeito, o vereador reeleito Marcelo Reis (PSD) não esconde de ninguém que, desde há muito, acalenta o sonho de comandar a Câmara. Entre sonhos frustrados e ranger de dentes, em tese, salvaram-se todos.