Sessão extraordinária discute doação de terras do estado ao município

Sessão extraordinária foi tumultuada por servidores e manifestantes da Polícia Civil.

Publicada em 24 de May de 2016 às 10:33:00

Na tarde desta sexta-feira (23) foi convocada sessão extraordinária na Assembleia Legislativa para apreciar e votar a doação de terreno localizado no Espaço Alternativo de propriedade do Estado de Rondônia para o município de Porto Velho, para efeito de regularização e execução da obra, a pedido da Justiça.

O deputado Jesuíno Boabaid (PMN) pediu o cancelamento da sessão extraordinária invocando o regimento interno onde consta que na convocação deve-se esperar até trinta minutos. O prazo foi ultrapassado e, portanto, regimentalmente, pediu seu cancelamento.

Hermínio Coelho (PDT) disse que há um acordo com a categoria dos policiais quanto à revisão de seu Plano de Carreira e Salários e no qual os parlamentares se comprometeram a não mais votar matérias do Executivo enquanto não houver uma definição desta situação.

Luizinho Goebel (PV) disse se sentir triste como líder de governo, pois a situação que se encontra a Assembleia hoje, com a galeria tomada por servidores da Polícia Civil é constrangedor, pois a situação já deveria ter sido resolvida.

O parlamentar disse que foi convocado pela Casa Civil para uma reunião e encontrou as portas cerradas e não conseguir discutir a situação. “Não é sempre que se consegue resolver a situação de todos, mas ouvir as pessoas é uma obrigação de todo governante”, lamentou Luizinho.

Para explicar aos parlamentares detalhes do projeto que está para ser votado, foi suspensa a sessão para que o gestor do DER, Ezequiel Neiva possa justificar aos deputados a doação de terras do Estado para o município de Porto Velho.

No retorno dos trabalhos, o presidente Maurão de Carvalho (PMDB), pediu a compreensão dos servidores da polícia, pois o chefe da casa civil passou por uma perda de um sobrinho fora do Estado e não pode participar da reunião e reafirmou o compromisso dos deputados para com a categoria. No entanto, não pode trancar a pauta de votação.

O deputado Adelino Follador (DEM) disse que não tem porque trancar a pauta, tendo em vista que a Assembleia até já aprovou a contratação de funcionários para a execução da obra e se deslocou, para realizar a votação pelo compromisso que tem com a população de Porto Velho, por uma obra que tanto irá beneficiar a todos.

O deputado Jesuíno afirmou ter recebido ligação direta do chefe da Casa Civil, que reafirmou o compromisso e que por se encontrar fora do Estado não pode participar da reunião, mas já agendou para a próxima terça-feira (31), às 10h, com a presença do presidente Maurão e dos demais deputados.

Diante desta afirmativa pediu parcimônia aos manifestantes da Polícia Civil e dar um voto de confiança, pois não há nenhum deputado contrário a servidor público.

O deputado Luizinho Goebel deixou claro que não assume nenhum compromisso, pois toda vez que o fez juntamente com a Casa Civil, não foi atendido.

Hermínio Coelho (PDT) afirmou que quem falou em trancar a pauta foi o próprio governo, que disse na frente a todos os parlamentares que se não enviasse o projeto dos policiais civis a Casa poderia fazer o trancamento.  “E não abro mão, por mim a pauta está trancada, reafirmo meu pedido de vistas”, disse Hermínio.

Jean Oliveira (PMDB) afirmou que está parecendo que os deputados são contra os policiais civis o que não corresponde a verdade. Pediu respeito aos manifestantes e que se a Assembleia for unida será muito melhor para defender a categoria.

Após as discussões o deputado Hermínio Coelho pediu vistas ao projeto, impedindo a votação sendo a sessão extraordinária encerrada.