Singeperon repudia declarações do secretário de Justiça Marcos Rocha

O titular da Sejus  questionou o trabalho de segurança exercido pelos servidores de sua pasta, os  Agentes Penitenciários, sugerindo, com suas palavras, um afrouxamento da fiscalização no Urso Branco, tentando transferir as graves deficiências ...

Publicada em 21 de fevereiro de 2017 às 14:27:00

O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores do Estado de Rondônia (SINGEPERON) vem a publico repudiar declarações do secretário de Estado de Justiça, coronel Marcos Rocha, durante a coletiva de imprensa realizada na tarde de segunda-feira (20), quando foi apresentado o resultado da operação do Exército no Presídio Doutor José Mário Alves, o 'Urso Branco'.

O titular da Sejus  veio a questionar o trabalho de segurança exercido pelos servidores de sua pasta, os  Agentes Penitenciários, sugerindo, com suas palavras, um afrouxamento da fiscalização no Urso Branco, tentando,  com isso, transferir as graves deficiências e vulnerabilidade nesta  unidade prisional onde foi realizada a operação, bem como nas demais do Estado.

O coronel, no posto de secretário de Estado, se mostra desconhecer do que concebe o artigo 144 da Constituição Federal, que a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio é um dever do Estado. Com base nesse entendimento, o Estado tem a obrigação de disponibilizar as condições necessárias aos servidores que atuam na segurança.

Cabe destacar que a operação do Exército, apoiada por oficiais da Força Aérea Brasileira e por agentes da Segurança Pública do Estado, totalizou 460 envolvidos, e foram empregados na ação recursos como cães farejadores, detectores de equipamentos eletrônicos e detectores de minas, que é um equipamento de alta precisão, utilizado em guerra e em missões de paz.

Já os Agentes Penitenciários realizam essas operações rotineiramente, em condições totalmente inferiores. Sem contar com o mínimo de aparelhamento necessário para a realização de vistorias nas celas, já que o Estado não cumpre com seu papel de dar o suporte necessário aos servidores, nem mantém as estruturas ideias das unidades prisionais, deixando a segurança vulnerável.

Mesmo assim, esses servidores vêm atuando como heróis, apreendendo constantemente materiais ilícitos nas unidades prisionais, coibindo o tráfico de drogas e mantendo a ordem, mesmo diante da desproporcionalidade da população carcerária em relação ao número insuficiente de agentes. No Urso Branco, por exemplo, os plantões ocorrem com uma média de 10  a 15 Agentes Penitenciários para mais de 600 presos.

SINGEPERON, em defesa e pela valorização dos Agentes Penitenciários do Estado de Rondônia.