Todos às urnas!

Valdemir Caldas

Publicada em 01 de October de 2014 às 17:59:00

Quinta-feira (2), acaba a campanha eleitoral. Já não aguentava mais tanta demagogia e tanta desfaçatez. Nos últimos dias,
coligações e candidatos de todos os matizes ideológicos utilizaram-se dos meios de comunicação para apresentarem suas
propostas (?) e dizer ao eleitorado a que vieram.

É bem verdade que alguns postulantes a cargos legislativos não conseguiram ir além de denúncias inócuas, da mentira mais soez e de promessas messiânicas, sem nenhum conteúdo prático.

Muitos dos costumeiros concorrentes procuraram passar a impressão de que disputavam a eleição pela primeira vez. O nível
da campanha foi baixo. Mas houve alguns avanços, é verdade. Em tempos idos, a situação era pior. Contavam-se, inclusive, vítimas fatais da volúpia com que cabos eleitorais se entregavam a caça ao voto.

Agora, porém, não testemunhamos nenhuma baixa de ordem física em nenhum dos lados litigantes, o que é muito importante e digno de ser apontado, mas precisamos avançar mais, sobretudo na apresentação de propostas sérias e consistentes.

Os meios de comunicação fizeram o seu papel, levando as imagens e mensagens dos candidatos, a maioria delas de conteúdo semelhante, o que revela que nem todos têm firmeza de suas convicções, responsabilidade e pleno conhecimento daquilo que prometeram ao povo.

Mais uma vez, aprendemos que as conveniências políticas e os interesses pessoais têm papel fundamental sobre as legítimas aspirações da coletividade. Basta reparar os conteúdos das composições partidárias. Nesse aspecto, é forçoso reconhecer que não há muita diferente entre o presente e o passado não muito distante.

Temos a oportunidade de retirar dos quadros políticos rondonienses os mentirosos, os que pretenderam fazer-se passar
por pessoas probas, mas foram fundo no dinheiro público, envolvidos até a medula em mensalões, obras superfaturadas e
folhas de pagamento paralelas.

Incluamos, pois, na lista dos que serão rifados do mapa, os costumeiros fazedores de promessas, que, no passado, se
apresentaram como arautos da moralidade e, após gozarem das mordomias do poder, não resistiram à tentação do vil metal,
igualando-se aos mesmos canalhas que tanto condenavam.

Chegamos ao final de mais uma campanha eleitoral. Agora é preparar o espírito para ir às urnas, no dia 5 de outubro. Senão, é multa na certa.