Por Valdemir Caldas

 

Assunto que não parece despertar qualquer interesse de parcela expressiva da população, a eleição para a escolha da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Porto Velho vai-se desenhando, com Mauricio Carvalho (PSDB) muito próximo de sentar-se na cadeira atualmente ocupada por Jurandir Bengala (PR).

Até a semana retrasada, fala-se em três candidatos - Marcelo Reis (PSD), Alan Queiroz (PSDB) e Edwilson Negreiros (PSB). Hoje, porém, as conversas de bastidores apontam na direção de Mauricio, cuja candidatura contaria com o apoio do novo inquilino do palácio Tancredo Neves, Hildon Chaves (PSDB). Pelo jeito, não haverá chapa concorrente. A vitória do tucano já está no papo.

Marcelo, que, antes contabiliza apoios e desenhava planos, agora, já não se mostra nenhum pouco estimulado. Alan, por sua vez, estaria de olhos voltados para o Ipam, o Instituto de Assistência e Previdência dos Servidores Municipais. Edwilson Negreiros teria fechado com  Maurício. Em troca, quer o apoio do grupo à sua candidatura para o biênio 2019/2020.

Independente de quem seja o escolhido para presidir o Poder Legislativo, terá ele enorme desafio pela frente. Não foram poucos os episódios, recentes ou não, que contribuíram, substancialmente, para desgastarem a imagem daquela casa junto à opinião pública.

A indiferença manifestada a respeito do processo de escolha da nova mesa diretora é atestado indesmentível do pouco prestígio de que desfruta a instituição, sinal em nada positivo para a democracia.

Reveste-se, portanto, da maior importância à formação do corpo de dirigente da Câmara de Vereadores de Porto Velho. A ele caberá à responsabilidade de alterar radicalmente o conceito de que a sociedade faz dos que dizem representá-la.