Neste sábado, dia 11 de fevereiro, a partir das 14h, a comunidade Maravilha, situada na margem esquerda do Rio Madeira, promoverá uma Audiência Pública Comunitária, com apoio da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), através da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (PROCEA) e do Departamento de Ciências Sociais (DCS), juntamente com o Coletivo Popular Direito à Cidade.

            A audiência foi concebida com o intuito de conferir visibilidade a essa comunidade ribeirinha afetada à jusante pelas Usinas, afetação ampliada com a inundação de 2014. Relatos dos moradores, seguidos por falas das representações da UNIR e da sociedade civil, serão apresentados às autoridades públicas convidadas nas três esferas governamentais.

            De acordo com o professor doutor Luis Fernando Novoa Garzon, chefe do DCS/UNIR, “o problema que mais aflige os ribeirinhos do Maravilha é a ausência de reconhecimento do direito de permanecer em suas terras de uso tradicional e de serem indenizados pelos danos promovidos pelas Usinas e pela cheia histórica”.  Além disso, completa o professor, “é preocupante a expansão urbana que se observa após a inauguração da ponte sobre o rio Madeira. A comunidade ribeirinha que não quer ser transformada em periferia urbana reivindica políticas públicas que fortaleçam a produção local de verduras, cupuaçu, macaxeira, farinha e biojóias”.

            De acordo com o pesquisador, essas medidas de suporte e proteção ambiental e cultural devem ser contempladas por meio de mecanismos de zoneamento urbano/municipal inseridos no Plano Diretor Urbano de Porto Velho, que, atualmente, está em processo de rediscussão.

 

Fonte: UNIR