Zona de Livre Comércio de Guajará-Mirim: o retrato do descaso

Valdemir Caldas

Publicada em 18 de September de 2014 às 20:25:00

A ganância desmedida de uns poucos cotistas, sempre ávidos em amealhar fortuna, em detrimento da maioria, aliada à incúria de políticos e dirigentes públicos, levaram A Zona de Livre Comércio de Guajará-Mirim à bancarrota.
Agora, às vésperas das eleições e como resposta às queixas de empresários, comerciantes e moradores, o que não faltam são políticos e candidatos ao governo de Rondônia prometendo renovar os benefícios àquela região, como saída para o reaquecimento da economia local, hoje, absurdamente sacrificada.

Lamentavelmente, muitos dos que hoje apresentam alternativas para revigorar o modelo em agonia e, destarte, retirar o município das trevas do atraso econômico, pouco ou quase nada produziram para, pelo menos, amainar o sofrimento da população guajaramirense, preferindo, no seu egocentrismo delirante, buscarem culpados pelo fracasso da ZLC.

Conheço empresário que investiu naquela região e acabou falido, mais quebrado do que arroz de terceira. Por isso, antes de se falar na revitalização da Zona de Livre Comércio de Guajará-Mirim é preciso, primeiramente, erradicar eventuais condutas delituosas, praticadas por grupos poderosos, acostumados a cevarem-se nas flácidas tetas do fisco.

Louvável a preocupação de algumas autoridades, de empresários e da própria sociedade, com a sobrevivência econômica da cidade, mas é preciso sair do campo das ideias e partir para a ação. Medidas paliativas e discursos inócuos não vão ajudar a resolver o problema daquele que é considerado um importante (senão o maior) polo de desenvolvimento da indústria turística.
Sou favorável à revitalização da Zona de Livre Comércio de Guajará-Mirim, desde que se extirpem os cancros purulentos em torno dos quais vicejam interesses pessoais e egoístas, puramente financeiros, em detrimento do comércio local daquela bela cidade.