A queda do secretário da Semad

Por Valdemir Caldas

Publicada em 11 de janeiro de 2017 às 09:49:00

Por Valdemir Caldas

 

Muito se falou, até agora, na queda do secretário municipal de administração de Porto Velho, mas não se sabe, ao certo, os reais motivos que levaram o prefeito Hildon Chaves (PSDB) a mandar mais cedo para casa um dos seus principais colaboradores.

O fato é que o senhor Hélio Fabrício de Faria Lima nem chegou a esquentar a cadeira direito. O episódio já lhe rendeu o apelido de The Flash, personagem de uma série de televisão americana, que ganhou notoriedade pela super velocidade.  

Há quem diga, contudo, que Hélio teria sido apenas mais uma vítima da guerra travada nos bastidores do poder entre membros de cúpulas partidárias por mais espaços na administração municipal.

Afinal, é natural que os partidos que apoiaram o candidato Hildon Chaves desejem ter influência na nomeação de cargos no governo tucano, mas é preciso que as coisas sejam feitas de maneira racional.

Inaceitável, porém, é tolerar a interferência de políticos e dirigentes partidários que pretendem apenas dar demonstração de força, sobretudo quando se sabe que muitos deles defendem interesses completamente desvinculados dos objetivos governamentais.

É sabido que essa gente se nutre apenas do desejo de controlar o aparelho burocrático, através de apadrinhados. Quando o afilhadismo político procura aumentar a influência de pessoas sobre as quais pesam acusações demeritórias, mais condenável ainda é o procedimento do patrocinador.

Às vezes, os movimentos que cercam o preenchimento de cargos na administração pública acabam comprometendo os objetivos traçados pelo administrador. Alianças políticas são próprias do regime democráticos. Alianças mesquinhas, não. O senhor Hélio caiu. Difícil é saber o porquê.