Censura põe em dúvida futuro das liberdades democráticas no Brasil, que vai se tornando o país da opinião única

Gessi Taborda

Publicada em 28 de August de 2013 às 16:57:00

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Embora seja afirmemos FUTURO DESANIMADOR
sempre existir no país desde a Constituição cidadã, promulgada por Ulisses Guimarães, então presidente do Congresso, a liberdade de imprensa e de opinião, a realidade é bem outra. Em vários pontos do Brasil a imprensa vem sofrendo censura. E não se trata da censura estabelecida marotamente por políticos e poderosos que não suportam críticas. Não, o que vemos são atos da chamada censura togada, do tipo daquela que atingiu o jornal O Estado de São Paulo, proibindo-o de publicar matérias sobre o clã Sarney e seu envolvimento com as práticas mais prejudiciais ao erário.
Há ainda – além de veículos da mídia tradicional – outras ferramentas de comunicação amordaçadas por decisões judiciais para não noticiar ou comentar muitos outros assuntos (sobretudo políticos), como é o caso do “Blog do Garotinho”, há 370 dias proibido de citar o nome e mostrar a imagem do presidente da Assembleia carioca.

SOLIDARIEDADE Para a coluna, que também sofreu na carne esse tipo de solução antidemocrática, é necessário estar sempre solidário com novos casos de censura à imprensa, aconteça em qualquer lugar do país. Afinal, não pode haver imprensa livre, independente, sem a liberdade garantida pela Constituição, sem essa liberdade essencial para a existência da democracia.
E assim, noticiamos e lamentamos o que está acontecendo no Paraná. Ali, a Justiça protagoniza o mais recente episódio de censura no Brasil. A vítima é o Grupo Paranaense de Comunicação, empresa que edita o jornal Gazeta do Povo e controla a RPC TV, retransmissora da rede Globo. Desde sexta-feira (23) esses veículos não podem divulgar informações sobre investigações abertas contra o desembargador Clayton Camargo, presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJPR).

CENSURA FORTE Clayton Camargo é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça por suspeita de venda de sentença e por possível interferência na escolha de seu filho para uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
De acordo com levantamento da Associação Nacional de Jornais, em 2012 houve onze episódios como este: decisões judiciais que impedem veículos de divulgar certa informação. Foram onze casos de censura, prática típica de regimes autoritários e que não condiz com a democracia brasileira. Para os verdadeiros jornalistas – que dedicam sua vida em favor de uma imprensa comprometida com os interesses da cidadania – é especialmente preocupante que seja o judiciário a fazer uso desse expediente e privar a sociedade do direito à informação.

AVISO É quase um aviso inútil, mas, mesmo assim, vou publicá-lo em respeito ao seu autor, o médico Roberto Rocha, cirurgião cardiovascular do Incor, autor do livro “Querido Coração”: “O tabagismo potencializa o diabetes, colesterol alto e outros fatores familiares que são responsáveis pela obstrução de artérias, causando danos ao coração”. Os cuidados devem começar aos 20 anos, então quem entra para o mercado de trabalho e quem está em cargos de alta responsabilidade precisa ter consciência de como prevenir doenças cardiovasculares, começando por evitar o tabaco. Quem fuma sabe e mesmo assim tem dificuldades de deixar o vício. Mas como passei por isso, certamente posso afirmar que é possível deixar o cigarro de lado para todo sempre. Ah, ia esquecendo: 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

EM ALTA A mudança de clima no cinturão agrícola dos Estados Unidos na reta final da safra americana fez disparar as cotações da soja e do milho no mercado internacional. Segunda feira, os contratos de soja negociados na bolsa de Chicago subiram 4,5%, maior alta em um único pregão desde o final de 2011. O milho teve valorização de 6,5% e o trigo acompanhou o movimento, fechando em alta de 3,5%. Esta forte tendência de alta preocupa o Brasil pois pode acelerar a alta dos preços domésticos dos alimentos, gerando o risco de mais inflação no segundo semestre. Mas a notícia é excelente para os plantadores de grãos do Cone Sul rondoniense.

ÍNDICES O índice de Confiança da Construção (ICTS), medido pela FGV, caiu 4,7% no trimestre encerrado em agosto em relação ao mesmo período do ano passado, sinalizando uma desaceleração do setor no terceiro trimestre de 2013.
O índice de preços ao consumidor (IPC) registrou alta de 0,23% na terceira quadrissemana de agosto, ante 0,17% na segunda leitura do mês, em linha com as expectativas dos economistas.

CADEIRA É praticamente certo que o DJ Moisés – que não se reelegeu como vereador – volte a ocupar uma vaga no legislativo municipal, substituindo o colega preso por integrar a quadrilha desmantelada pela Operação Apocalipse, o (ainda) vereador Marcelo Reis. Como suplente, ele requereu seu retorno à Câmara, baseado na afirmação de que não existe licença de 30 dias para os titulares do cargo. A licença tem de ser para 120 dias, com a convocação do suplente.
Moisés não foi um dos melhores frutos das urnas, mas em relação a Marcelo, que é um especialista em truque de madame, é sujeito (aparentemente) incapaz de roubar.

ISOLAMENTO Os moradores da capital rondoniense nunca ouviram falar de Marco Azul. Mas o local existe. É um daqueles capítulos esquecidos e que agora, pelo visto, foi descoberto por Leonel Bertolin, o titular da Secretaria da Agricultura municipal. “É – disse Bertolin - uma pequena comunidade de produtores rurais que se encontrava completamente isolada e sem alcance da assistência do poder público”.

Pela fala do Secretário a situação agora deve mudar: “Levamos para lá quatro tanques de resfriamento de leite, pois sabíamos de antemão que havia naquela região um grande potencial leiteiro, contudo, foi uma boa surpresa descobrirmos que o potencial de gado de corte também é muito promissor. A região contém largas faixas de terras férteis e um povo muito trabalhador, mas os problemas com estradas é grave. Área urbana, praticamente, inexiste, há apenas uma pequena escola e a sede da Associação. Em termos de saúde e assistência técnica aos produtores, é tudo muito escasso. Atualmente, eles dependem em tudo do município de Alto Paraíso e a distância de Porto Velho é mais sentida devido às dificuldades com acesso”, explicou.