Devassa necessária e indispensável

Noticia-se que a Câmara de Vereadores de Porto Velho passará por uma devassa do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.

Publicada em 21 de janeiro de 2017 às 09:10:00

Por Valdemir Caldas

Noticia-se que a Câmara de Vereadores de Porto Velho passará por uma devassa do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia. Em sendo verdade, louvo, desde já, a iniciativa do presidente Mauricio Carvalho de pedir a colaboração do competente corpo técnico do TCE/RO para auxiliá-lo na varredura administrativa e financeira. Salvo engano, a última vez que a Câmara passou por um pente fino foi na administração da presidente Sandra Moraes, através de uma Tomada de Contas Especial. De lá para cá, muitas coisas aconteceram.

Insisto, portanto, para que o chefe do poder legislativo municipal (que vem imprimindo ritmo completamente diferente de seu antecessor e orientando-se por bons propósitos na direção da Casa, o que, além de saudável, merece elogios) reduza o número de comissionados e revogue a resolução que instituiu a maldita verba indenizatória, alvos, inclusive, de frequentes investidas tanto do MPE/RO quanto do TCE/RO. Não haverá qualquer contrassenso em adotar essa postura, aliás, extremamente pertinente.

Espera-se que, de fato, a nova mesa diretora, sob a batuta do jovem presidente, enfrente essas e outras questões e as resolva, erradicando velhas e manjadas práticas, que em nada servem para melhorar a imagem do legislativo junto à opinião pública, cuja marcação tem sido cada vez mais serrada sobre a classe política, o que é altamente positivo, pois força-a a olhar mais para as legitimas aspirações sociais e menos para seus próprios interesses.

A Câmara Municipal de Porto Velho atravessa o momento extremamente difícil, que somente ela poderá resolver. Se, realmente, deseja restaurar a credibilidade perdida, a devassa é necessária e indispensável.