Disputa acirrada pela presidência da Câmara Municipal de Porto Velho

Há uma briga de foice, no escuro, pela presidência da Câmara Municipal de Porto Velho.

Publicada em 26 de November de 2016 às 07:44:00

Por Valdemir Caldas

Há uma briga de foice, no escuro, pela presidência da Câmara Municipal de Porto Velho. Muitos são os postulantes. Edwilson Negreiros e Márcio do Sintetuperon (PSB), Marcelo Reis (PSD), Mauricio Carvalho e Alan Queiroz (PSDB), são alguns dos pretendentes, mas tem mais gente de olho na cadeira hoje ocupada por Jurandir Bengala (PR).

Edwilson garante que apenas um desses nomes não teria o apoio do prefeito eleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), mas, como se tem visto, o tucano tem dispensado uma atenção toda especial ao presidente Bengala, que não aparece entre os candidatos.

Segunda-feira (21), os dois conversaram, demoradamente, no gabinete da presidência. Bengala disse que se não falou sobre a eleição da mesa. Teria sido apenas uma visita de cortesia. Verdade ou não, o fato é que o papo causou uma ciumeira danada.

Há quem diga, contudo, que a conversa estava bastante animada. Tanto que Bengala nem abriu a sessão. Deixou a tarefa para o vice Cláudio da Padaria (PDT). Na saída, Hildon passou rapidamente pelo plenário, cumprimentou vereadores, funcionários da casa e pessoas da galeria.

Cabo eleitoral de Hildon, no segundo turno (já que, no primeiro, apoiou o candidato de seu partido, deputado estadual Ribamar Araújo), atribuiu-se a Bengala a responsabilidade pela virada do tucano sobre o deputado Léo Moraes (PTB), no distrito de Jaci Paraná, reduto eleitoral seu, embora a família Negreiros também o tenha apoiado. Com isso, Bengala teria angariado não somente a simpatia, como também as bênçãos do novo inquilino do palácio Tancredo Neves para disputar a mesa.

Quanto ao vereador reeleito Alan Queiroz (PSDB), fala-se que planeja voos mais altos, como disputar uma vaga para a Assembleia Legislativa de Rondônia. Retornar à casa que comandou no período de 2013 a 2014 estaria fora de seus planos. Mas, como alguém já disse, o poder é fascinante, anestesiante e deformativo. Marcelo e Márcio estariam trabalhando em parceria. A candidatura mais viável apoiará a outra.

Os mais entusiasmados apostam na juventude de Mauricio Carvalho, mas ele não estaria muito interessado no novo brinquedo, apesar da insistência de familiares e amigos. Muita água ainda vai passar debaixo da ponte, até que se decide quem será o cidadão encarregado de administrar um orçamento anual de R$ 33 milhões, pouco menos de cem servidores estatuários e realizar concurso público para reduzir o excesso de cargos comissionados, alvo, inclusive, de uma Ação Civil Pública, proposta pelo Ministério Público de Rondônia, desde 2012.