José Genaro alerta: setor empresarial deve se unir e acabar com desmandos da Fiero

O ex-secretário de Estado de Finanças fala que a Fiero está longe de atender as demandas do setor e que age com desmandos como se a Federação fosse empresa privada.

Publicada em 04/12/2012 às 10:00:00

Porto Velho, Rondônia - A necessidade de alertar o setor empresarial de Rondônia para que se mobilize e se una para tirar da direção da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), um presidente desaglutinador e que não trouxe vantagens ao setor desde que assumiu a direção da entidade, fez o empresário José Genaro de Andrade vir a público manifestar sua opinião quanto ao que ele classifica de “desmandos lamentáveis do atual presidente Denis Baú, que está gerindo a Federação como se ela fosse sua empresa particular”. Genaro é filiado e um dos fundadores do Sindicato da Construção Pesada de Rondônia (Sinicon), ex-secretário de estado de Finanças por oito anos, ex-candidato a vice-prefeito de Porto Velho e de uma vida pública e empresarial ilibada.

Integrante do Conselho de Representantes da Fiero, José Genaro, que também foi um dos fundadores da entidade, lembra: “sempre acompanhei os trabalhos da Federação, já fui membro da diretoria e não me conformo com os rumos que ela está tomando. Por isso venho clamar aos nossos empresários que se unam, repensem na forma como a entidade está sendo conduzida e se aproximem dela para evitar que pessoas sem representatividade, façam o que bem entendem com a nossa Fiero”.

Genaro que é conhecido por sua atuação pacificadora, que sempre buscou a unicidade da classe, tanto nos Sindicatos como nas Federações, salienta que pela primeira vez resolveu manifestar publicamente sua preocupação com a crise que se instalou na Fiero. Ele alerta, por exemplo, “que os custos para mantermos as Federações e o Sistema S (composto pelo Sesi, Senai, IEL e Fiero) são altíssimos e não trazem as devidas contrapartidas quando necessitamos”.

Conselho pode anular eleição da Fiero

Na opinião do ex-secretário de estado, a classe deve agir em favor da Fiero e votar pela anulação da eleição da chapa única encabeçada por Baú, durante a reunião extraordinária marcada para esta sexta-feira (07). O Conselho dos Representantes tem soberania com poder normativo e pode decidir a legalidade do pleito eleitoral independente da decisão Judicial, conforme preceitua o Artigo 26 do Estatuto da Federação. “O atual presidente já mostrou que perdeu a liderança e a legitimidade para continuar no comando da Fiero, uma vez que 11 dos 19 sindicatos filiados a entidade entraram na Justiça pedindo a anulação do pleito eleitoral”.

Para Genaro, o empresariado não pode esperar só pela decisão judicial da ação interposa pedindo a anulação do pleito. A decisão pode ser arrastar por quatro anos ou mais, dessa o empresariado corre o risco de ter Denis Baú a frente da Fiero por mais uma gestão.

“Os danos podem ser irreparáveis para o nosso setor, pois todos nós sabemos como são as demandas do judiciário e que o processo pode demorar anos para transitar em julgado. A única e a melhor alternativa que temos para fazer prevalecer a nossa vontade de mudança, de fazer valer nosso estatuto e fazer prevalecer também a vontade daqueles que pediram sua desistência da chapa e não foram atendidos, é anular o processo eleitoral e fazer nova eleição”.

Genaro ainda complementa: “devemos primar por uma eleição que permita o direito a inscrição de outra chapa e que seja transparente e democrática, dando direito ao contraditório. A Fiero precisa ter um representante digno de respeito, que tenha representatividade e que retorne os rumos da entidade para a promoção do incremento do setor, qualificação profissional, promoção da saúde e que prime pelo desenvolvimento sócio-econômico do Estado de forma ativa”.