Meirelles diz que base governista concorda em votar logo reforma da Previdência

Meirelles afirmou que sentiu hoje um nível maior de comprometimento para avançar na tramitação da proposta.

Débora Brito e Yara Aquino - Repórteres da Agência Brasil
Publicada em 09 de novembro de 2017 às 10:37
Meirelles diz que base governista concorda em votar logo reforma da Previdência

O presidente Michel Temer participa de reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e líderes partidários na Casa, durante um café da manhã em Brasília Alan Santos/ PR

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou hoje (9) que foi firmado entendimento entre os líderes partidários de que a reforma da Previdência deve ser votada “o mais rápido possível”. Depois de participar de café da manhã na residência oficial da Presidência da Câmara junto com o presidente Michel Temer e lideranças da base governista, além de ministros da área política, Meirelles afirmou que sentiu hoje um nível maior de comprometimento para avançar na tramitação da proposta.

“A questão é que se concluiu o entendimento de que é necessário votarmos a reforma da Previdência e encaminhar o mais rápido possível. Eu fiz uma explanação bastante enfática e clara mostrando a necessidade da reforma da Previdência. A reforma não é uma questão de opinião, é uma necessidade. Primeiro, porque é uma eliminação de privilégios. Hoje, os mais pobres não completam os 35 anos de contribuição e, portanto, tendem a se aposentar aos 65 anos. Aqueles que se aposentam mais cedo são exatamente os de maior renda, os privilegiados”, disse Meirelles.

O ministro confirmou que devem ser feitas mudanças na proposta que foi aprovada em comissão especial da Câmara, mas não detalhou quais seriam as alterações. Adiantou apenas que a idade mínima, o período de transição e as regras que tratam da eliminação dos casos de dupla aposentadoria não devem sair da proposta original.

“Nós não definimos ainda qual é a proposta, porque isso é uma discussão com o Legislativo: os deputados e as lideranças estão discutindo exatamente a proposta. Não há uma proposta do governo, isso é uma discussão entre as lideranças e o relator”, afirmou.

Meirelles enfatizou, no entanto, que, independentemente de qualquer mudança que seja feita no texto, o benefício fiscal tem que, de fato, contribuir para o equilíbrio das contas para os próximos anos. O ministro disse que a equipe fará contas para checar o efeito fiscal das alterações que já foram sugeridas na reforma.

Questionado se o tempo de contribuição será reduzido de 25 para 15 anos, Meirelles disse apenas que isso ainda está sendo discutido. “Se mudar este ponto, qual é o custo, em termos de reduzir benefícios, para o país? Isso significa que terá que ser compensado de outro lado: qual? Esse é o tipo de exercício e discussão que estamos tendo com as lideranças. (…) Qualquer mudança que diminua benefício fiscal terá que ser compensada”, afirmou.

Ele destacou ainda que a melhora nos índices de inflação e outros sinais positivos da economia foram possíveis devido às reformas que já foram feitas e à definição do teto de gastos. Ele reafirmou que as mudanças na Previdência são importantes para atrair investimentos de longo prazo e consolidar o processo de recuperação econômica.

A reforma da Previdência aguarda votação do plenário da Câmara desde maio. Por se tratar de uma emenda constitucional, deve ser aprovada com o apoio de no mínimo 308 deputados do total de 513, em dois turnos de votação.

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que  as lideranças se reunirão com suas bancadas para discutir a apresentação feita pelo ministro Meirelles.  O líder reiterou que ainda não foi definida uma data para votação. "Não tenho dúvida de que nos próximos dias haveremos de ter um posicionamento da base em relação a esse tema. Ainda não dá pra fazer previsão [de votação], porque primeiro é preciso fazer avaliação política em torno da aceitação desta proposta colocada", afirmou.

Comentários

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    j paulo 09/11/2017

    O eleitor é que precisa vigiar os traidores do povo, somente mariana, expedito e marcos rogério votaram pela denuncia contra o criminoso temer. O restante, corruptos, se venderam por grana, cargos e emendas impositivas que são obrigatórias, que seja bem vinda as emendas, mas voto no deputado corrupto não. O deputados que defendem a corrupção: Marinha raupp, nilton capixaba, lucio mosquini, luiz claudio e garçon. Da mesma forma, vamos acompanhar e expurgar em 2018 todos os traidores do povo que votarem a favor da reforma da previdencia. Vão gastar milhões em propaganda enganosa, com atores desconhecidos se passando por aposentado com mil e um argumento que a reforma é necessária. Devia e cobrar as grandes empresas devedoras, acabar c corrupção e fraude na previdencia, não usar o dinheiro indevidamente e ainda isentam as empresas com a tal de desoneração de folha das empresas,porque ainda não acabaram com isso. O eleitor tem que ficar esperto. Eu já trabalhei de cabo eleitoral pra alguns vagabundo, mas não votei, so peguei a grana. Nos é que temos que mostrar quem tem a força. So espero que publiquem pois são eles que bancam a midia.

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