Motoristas de ônibus de Santo Antônio aceitam 10% e desistem de greve

SINTTRAR, CUT, SRTE e Empresas fecham acordo de 10% que evita a greve na Usina de Santo Antônio.

Publicada em 03/12/2012 às 08:17:00

Em assembléia geral realizada na manhã deste sábado (1º), na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte (SINTTRAR), dezenas de motoristas de ônibus que transportam os trabalhadores da Usina de Santo Antônio aprovaram a proposta final de acordo, mediado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) de reajuste de 10% sobre o salário e de 8% sobre os benefícios.

A decisão foi por unanimidade, após esclarecimentos feitos pelo presidente do SINTRAR, Antonio Da Silva, pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Itamar Ferreira, e a representante da SRTE, Maria Alzinete. A proposta aprovada na assembleia havia sido apresentada anteriormente pela SRTE e havia sido inicialmente recusada pelas empresas que, após indicativo de greve aprovado pela categoria, reconsideraram a decisão e fecharam o acordo proposto.

Durante a assembleia foi enfatizado pelos dirigentes sindicais a importância de aumentar o número de filiados ao sindicato, tem sido aprovada a realização de uma grande campanha para que a maioria dos motoristas se filie ao SINTTRAR. Além do Sindicato, os próprios trabalhadores irão conscientizar os colegas sobre a importância de se associarem ao Sindicato.

Outro ponto importante aprovado foi exigir das empresas a criação imediata da comissão de representantes do local de trabalho, que se reunirá periodicamente com o sindicato e a representação patronal para tratar dos problemas e reivindicações da categoria. A comissão de representantes está assegurada pelo acordo firmado pelo Consórcio Santo Antônio com o Ministério do Trabalho e representação sindical.

Para o SINTTRAR e a CUT o acordo firmado representa uma importante Vitória dos trabalhadores, já que garante um ganho real de mais de 5%, o dobro da inflação do período. Entretanto, o piso da categoria continua baixo, se comparado, por exemplo, com os motoristas do transporte coletivo urbano, onde há um processo de organização sindical de mais de uma década, enquanto que no SINTTRAR se está apenas iniciando. Também, é baixo, se comparado com outras funções de motoristas dentro da própria Usina de Santo Antônio.