O governo que chega

Valdemir Caldas

Publicada em 31 de October de 2016 às 12:23:00

Inaugura-se, a partir de janeiro, mais um período governamental na história de Porto Velho. Sai Mauro Nazif (PSB) entra Hildon Chaves (PSDB). O cidadão que passou toda a campanha dizendo que não era político, tem em suas mãos a condução dos portovelhenses ao seu destino.

Um fato, porém, chamou a atenção no segundo turno da eleição. Refiro-me às abstenções. Foram quase 75 mil eleitores, um número muito acima da média nacional. O índice é preocupante e, por isso mesmo, deveria levar os políticos a uma reflexão. Prova de que a sociedade está-se distanciando cada vez mais deles.

Outra situação tão importante quanto aquela, diz respeito aos homens e mulheres que ajudarão o prefeito eleito na árdua tarefa de administrar um município com tantas dificuldades, onde falta de tudo, até uma simples Dipirona no posto de saúde.

O prefeito eleito de São Paulo, João Dória Júnior (PSDB), disse que, na composição de sua equipe de governo, serão levados em consideração apenas critérios técnicos, e não políticos. E o doutor Hildon, rezará na cartilha de seu colega ou deixar-se-á seduzir pelo canto de sereia de velhas e manjadas figurinhas da política local?

Não é por demais repisar, contudo, que o candidato tucano elegeu-se como o símbolo da esperança para quase 150 mil portovelhenses.  A sociedade que foi capaz de entregar-lhe o comando da cidade precisa ser capaz de cobrar-lhe, com veemência necessária, o cumprimento de suas promessas.

Os impressionantes índices de votos brancos e nulos, somados às abstenções, verificados no pleito de domingo, apontam para a imperiosa necessidade de um reexame criterioso por parte da classe política com relação ao seu comportamento diante das carências sociais.

Trocando em miúdos, o povo exige que seus dirigentes voltem-se realmente para assuntos que lhe interessam, deixando de lado as questões pessoais ou partidárias.