Prepare-se: em 2015 vamos encolher ainda mais!

Valdemir Caldas

Publicada em 23 de April de 2015 às 10:39:00

Em 2015, a economia brasileira encolherá ainda mais. O país vive um de seus piores momentos. E o brasileiro já começou a sentir os reflexos da crise no próprio bolso. Os preços dos alimentos dispararam, enquanto os salários não vêm sendo reajustados na mesma proporção. A cada mês, há menos dinheiro para as compras. A saída é cortar despesas. O problema, contudo, é que já não há mais o que cortar.

Paralelo a essa revelação macabra, consolida-se informação igualmente decepcionante: há duas décadas o país não experimentava tempos tão difíceis. Enquanto isso cresce o contingente de desempregados. A violência nas grandes e médias cidades chegou ao seu ápice, cujos números superam os de muitas nações em estado de guerra.

Mas os burocratas do governo insistem em dizer que tudo está sob controle, engendrando explicações as mais absurdas, para tentarem justificar o fenômeno incrível contra o qual a sociedade se debate. Logo, serão anunciadas medidas econômicas que, longe de servirem à superação dos problemas recorrentes, tendem a aprofundar a crise e multiplicar as vítimas de tal situação.

Saiu Lula, entrou Dilma. Saiu Guido, entrou Levy. A sociedade permanece indefesa a prática que a um só tempo parece destinada a provar apenas uma coisa: as crises de amnésia que costumam afetar certas autoridades e respeitáveis profissionais, uma vez guiados a posições onde poderiam aplicar teses que defendiam antes, mas não os fazem quando têm a caneta e a oportunidade.

Os resultados pífios alcançados até agora pela economia brasileira (que podem piorar ainda mais nos próximos meses) têm deixado perplexos não apenas os brasileiros, mas, também, observadores internacionais. E não se diga que não foi por falta de aviso. Não é de hoje que analistas vêm chamando a atenção para o extraordinário rombo nas contas públicas, mas Dilma e sua turma teimam em fazer ouvido de mercador.

A dúvida é saber quando o governo conseguirá, novamente, recolocar a economia nos eixos. Preparemo-nos todos para mais uma fase de sacrifícios, com juros nas alturas e a inflação corroendo os parcos salários dos trabalhadores.