Professores de Ciências Humanas fazem estudo de Campo nas aldeias em Cacoal

O estudo faz parte do Projeto de Formação Continuada da Coordenadoria Regional de Educação de Cacoal (CRE).

Publicada em 01/11/2012 às 18:40:00

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está em plena consolidação de melhorias do ensino indígena, tanto no campo pedagógico, capacitações, estímulo e reforço aos professores que atuam na educação indígena, bem como melhorias na infraestrutura das escolas estaduais nas aldeias.

Dando seguimento a esta nova realidade, os professores da rede estadual de ensino, da área de Ciências Humanas, que atuam no município de Cacoal estiveram em estudo, na segunda-feira (29), na Aldeia Lapetanha, das tribos Gamep dos índios Suruí da Linha 11.

O estudo faz parte do Projeto de Formação Continuada da Coordenadoria Regional de Educação de Cacoal (CRE). A coordenadora do projeto é a professora Ana Paula Gottardi que destaca que, os encontros dos professores são quinzenais, marcados por discussões teóricas ligadas à área da Educação e aulas de campo, para ambiência e verificação in loco da realidade das aldeias.

O objetivo das visitas às aldeias, além de integrar professores indígenas e não indígenas, é visualizar os projetos em andamento. Um destes projetos foi apresentado ao grupo em palestra proferida pelo líder indígena Almir Suruí.

Com destaque entre os projetos, esta o Projeto de Carbono Florestal Suruí (PCFS), que consiste na proteção da terra indígena Sete de Setembro, localizada entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso. A região encontra-se atualmente bastante ameaçada por invasões, extração ilegal de madeira e desmatamento para implantação de pastagens e agricultura.

Segundo Ana Paula, “os professores sentiram-se cativados pela receptividade e a forma acolhedora com que foram recebidos pelos indígenas”, disse.

A experiência vivenciada pelo grupo servirá de apoio pedagógico para as aulas em sala de aula e alguns já estão se organizando para levarem seus alunos até o local. Os professores conheceram as escolas das aldeias, o projeto de reflorestamento feito dentro da reserva e também tiveram a oportunidade de realizar entrevistas, manusear objetos de artesanato, conhecendo um pouco sobre o cotidiano desses povos.

Texto: Celene Gomes – Assessoria Seduc

Fonte: DECOM - Departamento de Comunicação Social