Projeto de Mariana institui Semana Nacional de Prevenção

Segundo a parlamentar, a ideia é que seja desenvolvida uma programação sobre esse tema a cada ano em todo o território nacional, preferencialmente na semana que compreende o dia 12 de outubro. 

Publicada em 07 de November de 2016 às 09:17:00

A deputada Mariana Carvalho (PSDB – RO) apresentou projeto de lei que institui a Semana Nacional de Prevenção e Combate à Microcefalia.

Segundo a parlamentar, a ideia é que seja desenvolvida uma programação sobre esse tema a cada ano em todo o território nacional, preferencialmente na semana que compreende o dia 12 de outubro. 

Entre os objetivos da matéria estão: informar a população e os profissionais de saúde sobre a microcefalia; disseminação do conhecimento científico sobre o assunto; vacinação contra doenças que a causam e estimular o acompanhamento pré-natal rigoroso.

“Nossa proposta visa estimular a realização de eventos com especialistas para discutirem os avanços científicos sobre essa questão que cada vez mais vem despertando o interesse da população”, destacou a congressista que também é médica. 

Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo. Normalmente, é diagnosticada no início da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.

Crianças com microcefalia têm problemas de desenvolvimento. Não há uma cura definitiva, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida. A mesma pode ser causada por uma série de problemas genéticos ou ambientais.

Em novembro de 2015, o Brasil declarou Estado de Emergência em Saúde Pública após o diagnóstico de 141 casos de microcefalia em Pernambuco em menos de um ano. Esses números são 10 vezes maiores do que os registrados no ano anterior.

O Ministério da Saúde, após diversas análises, constatou que existe relação direta entre a Zika e o desenvolvimento de microcefalia. Essa teoria foi levantada porque algumas das mães relataram o surgimento de manchas no corpo, coceira e febre durante a gestação, sintomas que sugeriam a infecção pelo vírus zika.

 Após a descoberta, recomendou-se que mulheres grávidas tenham cuidado redobrado e protejam-se do mosquito Aedes aegypti, utilizando repelentes e roupas de manga longa e calça.