Virou novamente a casaca: Gurgacz muda de lado pela sexta vez e agora é novamente favorável ao impeachment de Dilma... não se sabe até quando

Empresário com base eleitoral em um estado amplamente contrário a Dilma, Gurgacz já foi peça fundamental para o governo na crise política que se arrasta desde o ano passado. Apesar de recomendação contrária do TCU, ele elaborou um relatório pela aprovação

Publicada em 22 de April de 2016 às 08:27:00

No processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, o senador Acir Gurgacz (PDT), dono da empresa Eucatur, já mudou de lado pelo menos seis vezes. Primeiro, Acir declarou-se a favor. Na semana seguinte, se disse contra. Depois mudou-se para o lado dos "indecisos". Pressionado, voltou a ser favorável. Não durou muito tempo nessa posição e logo retornou ao grupo dos contrários. Agora, em declaração à coluna Expresso, assinada por Murilo Mendes, na revista Época, o senador saltou para o lado dos que estão a favor do impedimento da presidente. Não haverá nenhuma surpresa se amanhã o senador rondoniense mudar de lado novamente.

Leia a publicação da revista época:

Relator das contas de Dilma defende impeachment e desembarque do PDT da base

Acir Gurgacz, que fez parecer pela aprovação de balanço de 2014, justifica sua posição pela situação econômica

A presidente Dilma Rousseff registrou nesta quinta-feira  (dia 21)mais uma baixa no Senado Federal. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) declarou ser favorável ao impeachment da petista e afirmou a EXPRESSO que vai defender o desembarque do PDT da base aliada.

Empresário com base eleitoral em um estado amplamente contrário a Dilma, Gurgacz já foi peça fundamental para o governo na crise política que se arrasta desde o ano passado. Apesar de recomendação contrária do Tribunal de Contas da União, ele elaborou um relatório pela aprovação das contas de Dilma de 2014, na Comissão Mista de Orçamento. As pedaladas fiscais praticadas pelo governo naquele ano e em 2015 embasam o pedido de impeachment que corre contra a presidente na Câmara.

Gurgacz alegou que defende a saída de Dilma principalmente pela crise econômica e também por fatos ocorridos nas últimas duas semanas. Entre eles, a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. "O meu apoio era para a presidente Dilma. Não para Lula e o PT", argumenta.